terça-feira, setembro 7

Voltas e voltas

Há tempo em que tudo parece parar.
Há tempo em que gira tão rápido que parece não sair do lugar.
E há tempo em que o tempo é particularmente atemporal.
Viver cada tempo como se deve ajuda no entendimento de coisas simples e complicadas.
O tempo diminui as dores, aumenta os amores e incendeia as paixões.
Quero sempre o tempo amigo, que cura, que ensina, que embala para sono tranquilo.
Tempos de paz em tempo de guerra de sentimentos confusos.

Tempo rei, transformai as velhas formas do viver.
Ensinai o que eu ainda não sei, sempre!

terça-feira, junho 8

Quando paixão transmuta-se em amizade
é que o amor realmente acontece livremente!

Passada hora

Minhas palavras se desprendem dos pensamentos
e se perdem ante a ti como borboletas amarelas
numa ventania sobre as flores nas rodas.

Meu amor transcedente
ainda admira sua beleza como ontem.
Podia te olhar muitas horas
banhar contigo na morada de Oxum
e caminhar nas terras de Oxossi.

É beleza plena dar-lhe boa noite,
se todas elas, incessantemente.

Queria ter te falado num abraço
como é bom te ter ao lado,
mas momento certo é passada hora.

Tenho saudades de tua pele
minhas mãos são pouco aquecidas para lhe afagar a face alva.
Está aqui entre nós um vale de rio de águas frias.
Tenho saudades e a noite é longa,
o dia chega e se vai...

segunda-feira, maio 31

Samba Nega

Vamos sambar, Nega!?!
Que sambando a gente se entende
e o corpo compreende, o que sente.

Mexamos os quadris em acasalamento cadenciado,
vem com teu molejo que te chego.

Meu samba é sem lamento,
samba de roda, da terra do dendê.
Toco pandeiro de couro pro batuque não parar.
E abro alas pra você.

Vem,se quer samba
canta pra mim aquela canção que diz:
- quero morrer numa batucada...
na cadência do samba.

Vamos sambar, nega!?!
No meu terreiro você é quem manda
se sobe, se desce, se mexe, se embola.

Vem de lá, descendo escada que nem bicho com fome
encosta teu corpo no meu.
Devora-me!

E pra embalar a madrugada
copo cheio de mistura fina.
Metade é amor e outra malandragem também.

Delicie essa Lua cheia de maio,
foi a garoa que lavou nosso suor
mas teu cheiro ficou em minha pele.

Vamos, Nega!
Canta pra mim, agora baixinho, na cama:
- Lembra?
Samba e amor é até mais tarde...
sono a gente deixa para manhã.

domingo, maio 30

Eu te amo!

Eu te amo!
e tu, sabes?

Todos os meus versos são para ti.

Porque eu te amo todos os dias
e às noites também.

Eu te amo como a lua ao sol.

Eu te amo nas tardes.

Eu te amo nas manhãs.

Eu te amo sem começo, sem medida e em velocidade constante.

Eu te amo em prosa, verso e reverso

Eu te amo como tudo que existe, completamente.
Eu te amo,
eu te amo
e eu te amo.

Eu te amo e brado ao horizonte de sol poente
escutaste daí?

Meu amor existe, ele é seu e contigo ninguém divide.

Eu te amo e a teus erros também.

Eu te amo como você é, inteiramente.

Eu te amo e amor não é chuva passageira

Amo como rio profundo
que só aumenta se encontra com o mar, amar

Eu te amo no corpo e na alma

Eu te amo tanto, que de tanto amar
já não caibo mais em mim.

Estou a transbordar.

quarta-feira, maio 26

Lá no meu sertão

É sim,Moça!
Lá no sertão,
lá é como em tudo que lugar.

A saudade é cruel com o coração apaixonado
- igual que seca de mês.
Insiste, Moça!
Ela num deixa ir a paixão não

Ela, a paixão!Arre!
no sertão e tudo que lugar.
O corpo adormece sem amada
que nem que cobra em chão lascado de Sol
e sem palavra de amor “intoce”?
É lamúria só!

Coração apaixonado, ixe!
Ah!Esse...
esse carece,
esse perece,
esse padece,
esse adoece de doença se num tem correspondido.

Mas calma viu, Moça!
Que até paixão do sertão tem cura.
É pouco lento, isso é!
Mas num momento chega, viu?
E quando menos “cê” espera.

Eu não sou daqui, marinheiro!

Como se não pertencesse a essa terra
ou a esse tempo que se segue.
Vivo encontros meio desencontrados que me bradam
EU NÃO SOU DAQUI, MARINHEIRO!!!

Nessa busca sigo remando em direção ao além mar.
Estará onde a resposta minha?
Penso que somente aqui em mim está o que busco.

Sensação eterna de incompreensão, não entendimento...
E ainda o medo da prepotência, arrogância, do egoísmo.
Observo-me para não ser e não sou,
Ao menos conscientemente, CONSCIENTEMENTE!

Seres iluminados que me guiem para a percepção
Do todo como parte integrante de minha existência.

Eu sou o todo
O todo sou eu!

Chegue-me a luz das auroras
as paixões da penumbra.

Consciência expandida, relação
Mente sã, corpo são em espírito de luz
Harmonize-se minha tríade.

Feiticeira da Lua Cheia

Sou folha verde de árvore alta
da montanha da chapada,
ou do centro da cidade.

Balanço ao vento,
resseco ao sol,
sinto os elementos em mim.

Meu sangue é como rio de água límpida e fria
dilapidando os caminhados do alto paraíso.

Sentimentos quentes de vulcão em erupção
que se expande em nuvem intoxicante.
Sou mente gélida do mar
e suas profundezas de descobertas iminentes.

Ser natural-incondicionalmente mulher
Feiticeira manipuladora de energia e da carne
Meu corpo diz o que penso, sente o que sinto
Vibra meus pensamentos mais íntimos e desconhecidos.

Declaração

Veja, agora é claro,
te abracei despida sob a lua
envolta de perfume escolhido para ti.
Aquelas begônias foram para ti, sim
Ainda não vês?
Não sabes que és musa de meus poemas?
Poetas só vivem se apaixonadas
Vou te eternizar em mim!

Amantes e amantes

Lindos seres viventes de meu todo
Desculpem-me pelo não ciúme,
poucas vezes vi motivo para tanto.

Desculpem-me as lágrimas não derramadas,
minha tristeza não se traduz em drama vespertino,
sou muito mais as palavras.

Desculpem-me o amor não declamado aos seus tempos,
minha velocidade é outra.

Desculpem-me o excesso de compreensão e espaço
ainda não sabiam caminhar sem direção imposta.

Desculpem-me as noites de cansaço desmedido para contemplar suas belezas.

Desculpem-me as noites em que lhes deixei perder no cobertor,
suas peles eram e sempre serão o melhor manto a me cobrir.

Desculpem-me não entender seus sinais,
suas palavras não ditas e as ditas também,
mas sou muito melhor com traços e tintas.

Desculpem-me não ter gritado, bradado, xingado,
contenho minha energia em amar - lhes.

E lhes amei e amo plenamente, completamente e intensamente
De tanto amar me desfiz em mim mil vezes e me refiz como fênix.

Creio que a vida dá voltas,
caminhos se cruzam
e se desatam a todo tempo.

Deixo-lhes amores meus
preces de paz e descobertas,
preces de felicidade, liberdade e sorrisos soltos.

É partido amor

Assim partistes...distante
Deixaste para trás inebriante aroma de sal
Por que foges, amada?
Não sabes tu que rio corre para o mar?

Céu em tom de gris, mar ressaqueado
Há noites que vejo o dia chegar
Meus lençóis não têm mais teu aconchego
Sou sereia sem marinheiro naufrago.

Imaginas a dor da paixão?
És mulher, a soberana em território meu
Bela venha a mim, não prolongue minha espera

Lamento triste em dedilhar de violão
Minha melodia chega a ti pelas águas
Já não entendes minha canção.

Sem título

Agradam-me chuvas intensas
Ventos revoltosos sobre as árvores e através
Indocilmente tombam em solo encharcado
Despejastes aí semente de calmaria e silêncio

Amor meu, gota precipitada é dádiva da Deusa
Lavando a fundo alma cansada
Como numa chuva as avessas, inversamente
Vê-se lágrimas pela face rubra

Em pranto suave, triunfante
Olhos de ébano observam a chegada do anoitecer
Nuvens espessas, raios e trovões

Digo em sussurro, não se assuste bem-amada
Somente brisa marinha chegará a ti
As águas tempestuosas eu levarei comigo.

Admiração

Observo-te calada, em pura contemplação
Pensamentos alheios a minha vontade
Insistem em te moldarem nua
Expondo à luz dos olhos tua pele desenhada

Desejo carnal por saciar
Nossos corpos incandescentes bailando
Chamas unidas em dança sensual
Lentamente...vão abaixo a muralha que ergui

Passamos assim um dia de outono
Matando a fome desmedida que me preenche
Embriagada a La Baco

Quando surgir a aurora luminosa
Cantarão os pássaros nos despertando
Ao ritmo dos ventos incertos.

sexta-feira, abril 30

Quero escrever-te palavras de amor
as que nunca foram pensadas ou pronunciadas
somente sentidas, mas não sei fazê-lo

Assim, rasgar-me-ei o peito aos berros com navalha afiada,
liberando a luz que irradia minha alma pela manhã
ao universo invisível que habita meu ser,
exibindo o corpo nu ao ensolarado céu e à tempestade proeminente

Que me toque o veludo das rosas vermelhas em seu jardim
o aroma que invade pensamentos e inebria
beijarei sua boca com toda vontade contida a tempos
Derramando sobre ti meu amor

Sinta, rainha do Lago, o calor de minhas palavras não ditas
São todas elas pra você,
junto às estrelas caídas na neblina da serra florida
que colhi para iluminar-te os sorrisos de mulher feliz

Lembra-te bem amada, estarei caminhando contigo
mesmo em estrada distinta rumo a lugar algum dentro de nós
Se um dia chegares mais perto, agarre minha mão com força
e me enlace a cintura com tuas pernas para não mais me deixar partir.
Sinto a brisa que passa lá fora
aqui dentro não estás
sua presença em mim é constante
foi-se o amor que a pouco era eterno
agora somente a distância
Estou fugindo para lugar bem longe onde a dor não me alcance
e pela manhã o canto dos pássaros
Estirada,
uma mão a passear por dentre as pernas e seios fartos
instantes eternos para ler suas mensagens subjetivas
Fechei os olhos amor, para não veres que eu sou
mantendo assim o mistério que te trouxe a mim.

Entre respirações ofegantes
suor, pêlos...palavras desconexas dizendo algo ainda incompreendido
Mordi você em muitos lugares por te querer devorar
Ouvi os suspiros e calei a saudade do canto que me faltava
e há tanto fora abandonado

Adormeci exausta, em seus braços o aconchego marcante
Corpos encaixados...
Não seria uma manhã qualquer!

5 de março de 2009

De primeira vista pareceu-me além
menos os sorrisos silenciosos
que se fizeram presentes.
Em lembranças atemporais,
o vigor do toque de suas mãos
aí me ganhastes, sutilmente.
Energia indomada percorreu o caminho até a nuca,
presentiei-lhe olhares maliciosos.
Ainda há muito a desvendar...

quinta-feira, abril 22

Quero-me apaixonada
descer ladeiras sem freios intensidade
para devorar palavras,
sentir as entranhas

Soprarei as mariposas que repousam no vazio
e uma dança há de começar
Quero-me apaixonada
por mim, por ti, ele...ela por todo ser pulsante

Como sangue que corre inconstante
quente é o meu corpo sobre a cama
sentindo a pressão expandir

Por segundos não poder respirar, parar
meu calor derramado em meus lençóis
O sopro de liberdade

sábado, abril 17

Salvador, 17 de abril de 2010

Escrevo-lhe sobre assuntos pequenos, coisas do dia-a-dia, quase que sem importância. Como foi aquela reunião da qual me falara?
choveu no caminho? reclamemos juntas do trânsito estressado.
Como vai sua vida?
E o trabalho está legal?
Onde está aquele amigo seu que não vejo a tempos, têm saído juntos?

Já demos boas risadas, não é?

Sinto sua falta e queria que tudo fosse diferente.

Mas no fundo o que mais quero é que breve chegue o dia em que olhe nos meus olhos e não te enchergue mais em mim!
Tenho saudades dos dias que não teremos
foi pouco tempo, amor!
Queria saberte plenamente
será alguém capaz de fazê-lo?
Da intimidade pulsante
à exaustão da excitação saciada
Sinto ainda seu corpo como se meu em outrora
pulsando no silêncio do infinito universo
Em verdade lhe digo: amo te...secretamente!
Dancei sobre os quadris
Senti os perfumes,
beijei o sorriso solto pelos lábios desejados
li suas palavras não pronunciadas
chorei tuas lágrimas, bebi teu vinho
embriaguei-me em teu hálito cálido em tarde serena
Sei suas sardas e cicatrizes
a pele em mármore Monalisa
Vênus de Milo particular
Olhos espertos e sono partindo em fuga ao sul
como pássaros em época de inverno
lugar ao qual não se pode alcançar

Aqui sua ausência presente
amor e cumplicidade desmedida
sorriso em cor azul resplandescente
iluminado ao raiar do sol

adoro-te despida e descalça pela manhã
adoro-te coberta a fugir das brisas e serenos
era lago de gotas de orvalho, meu bem!
Assim partiste, distante
deixando para trás inebriante aroma de sal
Por que foges, amada?
Não sabes tu que rio corre para o mar?

Céu em tom de grís em dias frios
há noites que vejo o amanhecer
meus lençóis não tem mais teu calor
Sou sereia sem marinheiro naufrago.

Imaginas a dor de uma paixão sem fim
és mulher, a soberana em território meu
Venha a mim, não prolongue a espera

Lamento triste em dedilhar de uma poesia
Minha melodia chega a ti com os ventos sul
já não mais entendes a canção.

terça-feira, abril 13

Tempestade

Acalma-me chuvas intensas, tão quanto a paixão.
Ventos revoltosos sobre as árvores, através
e além, tombam indocilmente sobre solo encharcado
onde despejastes sementes de calmaria e silêncio.

Amor meu, gota precipitada é dádiva divina,
lavando a fundo minh'alma cansada,
Como numa chuva inversa
vê-se lágrimas pela face dourada.

Em pranto suave,
triunfantes olhos de ébano observam chegar o anoitecer
nuvens espessas, raios a cortar o céu...trovões e trovoadas.

Digo-lhe: não se assuste, bem-amada!
Somente brisa marinha chegará a ti
As águas tempestuosas levarei comigo.

Sem Título

Essa moça de jeito engraçado
que dança ao balanço do mar
tem na cabeça cachos emaranhados
as voltas de perdição.

Tem no ar o poder da Deusa
beleza, leveza, franqueza
somente em samba se pode encontrar
ao rítmo o pandeiro ressoa


A cada passada tua
flores brotam do chão
São cravos, jasmins e rosa em botão.

Percorre essa moça todas as águas profundas
a buscar perguntas para respotas
que encontra em si.

quarta-feira, abril 7

Rebuliço

Hoje o dia foi feliz
Ontem somente a respiração incostante
e sorrisos abobalhados.

Pensamentos viajantes de galope
Florecem como mangueiras no verão
Aguardando o vento circular interior,
que encontre um ponto de repouso
mas pode o vento parar?

Aí que está a beleza de tudo!

sábado, abril 3

Eternas

Acompanha-me meu bem, na cama!
em noites de Lua crescente
a iluminar a beira-rio

Corra comigo a dar voltas e saltos
pelo caminho não se perca
sem qualquer lugar, sem destino

Ensina-me o que não sei
Que aprenda como criança
e da própria queda sorria

Busquemos sempre o primeiro passo
tantos quantos forem necessários
voltemos e recomecemos, sempre

Leve-me, siga-me, ama-me e liberta-me
companheiras eternas de uma vida só
Amor que caiba na imensidão do ser.

Quando tudo parar

Quando tudo parar quero estar ao meu lado
Quando não tiver mais que correr, flutuar
Quando não for mais necessário fugir, repousar
Vou gritar bem alto, bradar
tão alto quanto não consigo agora.

Chorarei brandas lágrimas que sobre solo farão brotar rosas
daquelas vermelhas envoltas de espinhos

Será essa a lembrança de que a beleza pode machucar

Não o bastante para a morte
mas o suficiente para marca, pequena
quase imperceptíveis a distraído olhar.

Quando tudo parar vou começar novamente
Em minha morada uma nova janela se abrirá
e um novo céu há de surgir
tão azul, ou cinza, que seja
por trás de nuvens emaranhadas

Sua imagem não será mais presente
e outras hão de ser contempladas.

quinta-feira, abril 1

Antes o mundo era pequeno, aí invetaram a roda!

No meu tempo de criança
meu mundo era pequeno
mas parecia gigante

Grandes aventuras ao escalar sofás
grades de janelas e estantes de madeiras
ladeiras - montanhas a serem desbravadas

Minhas andanças eram a pé
de bicliceta, bogoball (quem não conhece vai pesquisar!)
na velocidade que fosse
eu chegava onde era para estar

As vezes na hora errada
ou muitas outras vezes hora atrasada.
mas minhas melhores andanças
eram aquelas onde tinha um parceir@ a acompanhar

Alguns caminhos a gente não faz só
aos meus parceir@s eu agradeço
todas as pipas empinadas
as corridas apostadas

figurinhas premiadas
gol's feitos e tomados
todos os pneus furados

campanhias buzinadas
machucados, pancadas
quedas, castigos, palmadas

banho de represa, sujeira de lama
carrapatos e guerra de mamonas
Tudo o mais que não couber nesse texto
deixo na lembraça!

A chuva corre

Era uma vez alguém,
que depois de alguns anos morando em outra cidade,
voltara pra casa e teve aquela sensação muito boa
e ao mesmo tempo ESTRANHA!

Isso porque alguém acostumou-se a dançar,
afinal, quem anda dança.
Só que a antiga cidade não anda,não canta...não dança,
a cidade vive sentada!

Ao perceber a cultura local alguém via-se com as seguintes opções:
1.sentar no barzinho,
2.sentar no barzinho e beber,
3.ou ainda, sentar no barzinho beber e comer

Daí alguém perguntou:
- Quando essas pessoas dançam???

Alguém já disse que só acredita num Deus que dança.
Acho que foi Gilberto Gil
Alguém só acredita em pessoas que dançam...
e bebem,o suficiente para a sinceridade aflorar.
Não importando se dançam porque bebem
ou se bebem porque dançam.

Então fico eu aqui pensando ao som da chuva que cai.
Triste o povo que vê a vida passar sentado,
sem ao menos caminhar, a caminhada dá essa ideia,
de estar indo a algum lugar, mesmo que sem destino.

Até a chuva, essa mesmo que cai e embala pensamentos ridículos,
mesmo quando cai devagar... suavemente,
ao se ver próxima do destino,a chuva corre!